Nacional
Em nosso País sabemos o quanto é difícil se manter só de música, ainda mas com um público tão exigente como os Metalbangers, e sem dúvidas para bandas brasileiras de Metal essa missão é bem complicada, que por horas ou mesmo em alguns momentos essas bandas lançam materiais excelentes, surpreendendo o ouvinte. Mas em determinados momentos temos alguns fracassos pelo caminho (isso não quer dizer que seja incompetência da banda ou mesmo do músico), mas sim, o simples fato de não ter atingido as expectativas do ouvinte.
No caso dos cariocas ColdBlood, foi bem diferente com seu sucessor álbum lançado após três anos depois de “Chronology of Satanic Events”, (este mesmo projeto já é um belo registro). Mas com o novo lançado que carrega o título de “Indescribable Physiognomy of the Devil”, que soa ainda melhor que seu antecessor, o tornando um dos melhores de sua carreira discográfica. Vale ressaltar aqui, que ‘Markus Coutinho’ (Batera) e ‘Diego Mercadante’ (Guitarra e vocal, ex - Unearthly), tiveram a ajuda de ‘Vitor Esteves’(Baixo) e de ‘Artur Círio’(Guitarra) nas gravações de Indescribable, e o resultado é pra lá de satisfatório, fazendo do petardo um dos melhores do estilo. À parte, as composições da banda permanece soando bruta, trazendo um verdadeiro holocausto em nossos ouvidos (no bom sentido, rs…), fazendo o enxofre brotar das profundezas da terra, a procura de seus riffs densos de fúria, levados pelos “Blasbeats”, potentes, exercidos por ‘Markus’.
O Digipack, traz o desenvolvimento de ‘Rafael Tavares’, que soube muito bem empregar na arte. As composições abordadas pela banda dando uma clara ideia ao ouvinte, do que vai encontrar dentro da ‘bolacha”. A produção contou com ‘Fernando Campos’, e a mixagem e masterização feitas na Alemanha, por ‘Mersus’.
O álbum está muito bem alinhado e homogêneo, mesmo que o disco soe sujo, (o que é proposital) ele se encontra bem produzido e vem carregado de uma atmosfera sombria. Destacam - se a bruta e faixa título do petardo “Indescribable Physiognomy of the Devil”, de uma carga extremamente pesada. Logo em seguida temos “Tetragrammatom”, com uma rítmica densa e completa de mudanças de andamentos, que vai espancando nossos ouvidos. “Darkness Above the Firmament”, chama atenção por seus ótimos arranjos, a mesma vai direto ao ponto, impondo muito peso no disco.
Sem perder o ritmo da anterior, a parte fúnebre fica cargo de um interlúdio breve e sombrio que abrem as portas para “The Synchrony of the Cursed Star”. De riffs rasgados e cheia de nuances, “Cocoon of Neophyte”, dita a parte mórbida do disco. E a levada continua densa e bruta na pegada de “Demons of Nox”, arrastada de riffs envolventes. Em seguida, temos uma das faixas de cair o queixo: falo de “Sulphur” (principal faixa de trabalho que gerou um ótimo vídeo clipe de divulgação). “Drako/ Pneumatik Phenom e Bury the Universe”, abrem caminho para a faixa mais longa do petardo “Metaphysical Evil”, que demonstra toda a essência de seus músicos, onde notamos porque o ColdBlood é tão grande e importante para o Metal Nacional.
Outro destaque a parte são as faixas instrumentais que vem como bônus no disco: “Indescribable Physiognomy of the Devil, Drako/ Pneumatik Phenom e Metaphysical Evil”, onde essas versões dão um clima bem gostoso no álbum.
Sem dúvida e sem medo de errar, este projeto do ColdBlood está entre os dos melhores de sua projeção artística. Parabéns!
Tracklist:
1. Indescribable Physiognomy of the Devil
2. Tetragrammaton
3. Darkness Above the Firmament
4. The Synchrony of the Cursed Star
5. Cocoon of Neophyte
6. Demons of Nox
7. Sulphur
8. Drako/ Pneumatik Phenom
9. Bury the Universe
10. Metaphysical Evil
Bônus track:
Indescribable Physiognomy of the Devil
Drako/ Pneumatik Phenom
Metaphysical Evil
ColdBlood:
Diego Mercadante - Vocal e guitarra
Artur Círio - Guitarra
Vitor Esteve - Baixo
Markus Coutinho - Bateria
Contatos:
Telefone: 55 21 988635484