Relançado por: Erinnys Productions
Nacional
A lendária banda de Heavy/Doom Metal Tenebrario, acaba de disponibilizar neste ano de 2018, o relançamento de seu segundo álbum, o aclamado Second Act: Pain, originalmente lançado em 2006, de forma independente e com uma tiragem limitadíssima em torno de 100 cópias promocionais. Graças a uma nova parceria com a gravadora Erinnys Productions, o disco ganha uma nova versão, mas sendo completamente fiel à prensagem original. O mesmo se dispõe de dez faixas que se mantém na essência dos detalhes, trazendo também dois bônus clássicos, presentes neste registro, que contaram na época com a produção de Cassio Martins, no Pró Studios e Marcelo Pompeu no Mr. Som Estúdio. Observação: O disco mantém todas as faixas fiéis às gravações da época, tornando assim um item indispensável para qualquer colecionador de acervos voltado à musica pesada.
Mas enfim, vamos ao que interessa. No caso dessa lendária banda em questão, no que relatado nos parágrafos anteriores,a mesma foi formada em 1997, na cidade de “Sampa”, isso logo ao término da banda Desmodus Rothundus. Uma curiosidade é que o termo Tenebrario, adotado pela banda provém de um candeeiro, que permanece aceso durante o ofício das trevas, na semana Santa. Tratando - se de uma banda já experiente, ao longo do tempo ela se dispõe de uma boa discografia, tendo quatro registros em sua carreira, exceto o seu relançamento, do então álbum Second Act: Pain, porém sendo promovido agora neste ano de 2018.
A banda apresenta muita criatividade, pois bebe de ótimas fontes do Metal como: Heavy tradicional, o Hard e próprio Doom Metal, sendo sua raiz, com muita propriedade, resultando em uma sonoridade bem interessante e bem desenvolvida. Já os arranjos, timbres e a instrumentação se encontram bem trabalhadas, tudo levado para um conjunto lírico bem elaborado, cheio de harmonias pesadas e solos bem executados.
Tenebrario consegue transmitir um trabalho que prima para um conjunto lírico de cair o queixo a cada canção executada, e, já sentimos isso na abertura do “Petardo”, pois a grande demonstração vem por conta da faixa título “Second Act:Pain”, onde suas harmonias são envolventes, fora o conjunto da rítmica empregada pela bateria e baixo que se destacam ao meio de riffs rasgados e solos bem encaixados. Outra que se destaca, é a “The Thousand Faces in the Mirror”, que te ilude no início da execução calma e serena, mas logo ganha uma ótima acidez ríspida no conjunto lírico. Os arranjos são ótimos, o que chama muita atenção no andamento da faixa.
Na terceira faixa, temos a “There Are Somethings That Never”, que soa um pouco mais azeda do que as anteriores e apresenta muito bem as linhas do Doom Metal. Os arranjos presentes são um pouco gélidos, dando um ar sombrio a canção, fora os vocais bem conduzidos por Alexdog, que dão um destaque a mais na composição. Em seguida, temos a “God Symphony”, que começa com arranjos sujos (mas bem desenvolvidos) e logo ganha corpo na voz de Alexdog, e, mais uma vez a cozinha da banda se destaca em um ótimo trabalho, pois a condução da composição passeia pelo psicodélico, mas com as raízes no tradicional Metal (como o próprio nome diz, de fato é uma bela sinfonia).
Outra que soa como um belo destaque, é a “Twins Soul’s”, apresentando uma ótima introdução mecânica de violão, logo ganhando aquele jeitão mais Heavy Metal, horas caminhando para o melodioso.“The Other Mountain Dweller”, com seus noves minutos, é uma pura viagem, uma canção de arrepiar o cóccix. Os arranjos estão excelentes, fora os vocais bem conduzidos, entres as harmonias, tudo casado em um excelente processo, solos e acordes bem elaborados, (detalhe: a canção não é cansativa por mais que tenha 9 min…, ela só te ganha a cada minuto passado), o álbum aqui, já fechava em chave ouro.
Depois da viagem anterior, temos a “The Evil Heart of Stone”, a mesma pesa um pouco para o velho e bom Heavy Metal. E, seguindo esta mesma linha de Metal rasgado, temos a “Sacred Mask”. A nona faixa, é mais puxada para as raízes do gênero Doom Metal, “Again on the Road”, já vem com um jeitão a lá “Black Sabbath”. Ótimos arranjos, bela canção. Enfim, entramos na décima, faixa “O Meu Ser” (Uma Imagem no Espelho). Uma canção voltada a nossa língua, já que o álbum é composto todo em inglês. Posso dizer que é uma que se sobressai em todo o “Petardo” e mostra como o Alexdog, pode ser versátil, pois o mesmo desenvolve a canção com maestria.
Agora as seguintes canções bônus, que fecham o disco, fica a cargo de “Wickedness on Eyes My Dreams” e “Spirit Obscura Forest”. Só não estranhe porque as duas trazem às gravações originais para dentro desse novo relançamento.
Só tenho a comentar que o disco relançado, está muito bem feito, a qualidade está excelente, e, de fato, é um ótimo item para qualquer “Metalhead” ter em sua coleção. Parabéns à família Tenebrario, por nos presentear mais uma vez, com um primoroso trabalho. Sucesso galera!
Tracklist:
1. Second Act: Pain
2. The Thousand Faces in the Mirror
3. There Are Something That Never
4. God Symphony
5. Twins Soul’s
6. The Other Mountain Dweller
7. The Evil Heart of Stone
8. Sacred Mask
9. Again on the Road
10. O Meu Ser ( Uma Imagem no Espelho)
Bônus:
Wickedness on Eyes My Dreams
Spirit Obscure Forest
Tenebrario:
Alexdog - vocal e baixo
Eduardo Borrego - guitarra
Kaue Assis - guitarra
Waine Assis - bateria
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