top of page
Andre Santos

LAND OF TEARS: “Cada um tem suas ferramentas e cabe a quem tem e saber usar da melhor forma possível


Entrevista

Nacional

Para quem está acostumado com a vertente do Metal extremo e o movimento Underground presente dentro desse contexto, irá identificar o nome LAND OF TEARS facilmente, e, aqueles que ainda não. Nesta breve entrevista, o leitor terá uma breve noção do propósito musical da banda. Formada em 2000, o Land Of Tears vem lutando em prol do Metal e suas vertentes a pouco mais de dezoito anos de estrada, apresentando um ótimo currículo.

E, aproveitando esta oportunidade, nós do MNP batemos um papo com o músico ‘Robson Souto' (Night Arrow), guitarrista e vocal da banda, onde o mesmo nos comenta sobre a trajetória da banda e das principais influências do grupo. De quebra aproveitamos para falar sobre composições, parcerias, Tours e sobre o novo projeto que a banda vem preparando.

Acompanhe a entrevista com o ‘Robson Souto’ e fique por dentro de alguns pontos que o músico tem, sobre o seu trabalho e do próprio Metal “Brazuca”.

MNP – Para quem ainda não conhece o Land Of Tears, conte – nos como surgiu a banda e qual o propósito do nome escolhido.

L.O.TEm 2000 eu, Robson Souto(guitarrista e vocalista) resolvi voltar com a ideia de tocar após alguns anos parados, desde os meados dos anos 90 com o término de minha antiga banda o Apocryphon que era um trio voltado ao Death e Doom Metal com influências de Samael, Bolt Thrower, Cathedral entre outras, esse hiato na música me fazia falta até que dei um basta e comecei a buscar pessoas que se interessavam pelo mesmo tipo de som, até que um dia uma amiga em comum(Dani) me apresentou Sérgio Vianna(baixista) que curtiu a ideia e resolveu encarar a jornada .O nome foi um projeto dos tempos de colégio montado por mim e um grande amigo, projeto esse que nunca saiu do papel, acabei usando para batizar a banda e está ai até hoje.

MNP – Quais as principais influências da banda características presentes na sonorização?

L.O.TNossas primeiras composições como dito anteriormente tinham uma influência de minha extinta banda, eram mais cadenciadas porém sempre pesadas. Com o Land procurei adicionar novos elementos dentro do Metal, soando assim mais técnico e rápido. Minhas influências da época até os dias de hoje são: Gorefest, Dismember, Unleashed, Morbid Angel, Death e o próprio Bolt Thrower todas da antiga escola de Death Metal mundial.

MNP – São praticamente dezoito anos de dedicação ao Metal Nacional. O que a banda tira de experiência sobre essa trajetória?

L.O.T Resumidamente falando, se é que se pode abreviar quase 02 décadas. Nunca desanime, nunca desista, não de ouvido aos pessimista, não faca por modinha, seja convicto no que você se propor a fazer, se não deu certo é porque não chegou a hora ainda, mas ela vai chegar, continue trabalhando e siga em frente no caminho que escolheu.

MNP – Aparentemente me pareceu que a banda tinha dado um tempo, ou é um equívoco?

L.O.TNa verdade nunca paramos, mas em certos momentos é preciso focarmos num determinado projeto da banda como novas composições, gravação, tour, etc. Sempre estivemos na ativa, as vezes naquele momento onde você precisa reorganizar a formação, nem sempre os músicos estão disponíveis, isso demanda muitas vezes um tempo maior que o planejado, porém faz parte do negócio.

MNP – Não há muito tempo atrás, a banda anunciou uma nova formação. O porque dessa nova reformulação e, como está sendo a adaptação?

L.O.TPrecisamos seguir adiante, nosso antigo guitarrista e amigo Leandro Xsa precisou se desligar da banda às vésperas de nossa tour pela Europa em 2016, então um pouco antes de viajarmos entrou para seu posto Alexandre Woden, que não fez a tour pois ainda estava se ambientando com as músicas. Quando voltamos demos continuidade aos ensaios e tudo correu de forma natural .

MNP – O novo integrante presente na família Land Of Tears, já vem participando de todo o processo do novo álbum “The Kings Of Creation”?

L.O.TSim, ele tem ideias muito boas e vieram adicionar novos elementos ao som da banda, ele tem muita influência de Black Metal isso é ótimo pois apesar de sermos uma banda de Death Metal, você consegue identificar outros elementos em nossas músicas, talvez seja um dos motivos que agrade aos fãs, só com contribuições variadas uma banda consegue ganhar fôlego e criar um som característico e pessoal, todos nós ouvimos sons diferentes, não só Metal, o músico necessita disso, se não chegará um hora que cai na mesmice e isso nenhum de nós queremos.

MNP – Falando em novo álbum, como anda todo o processo de desenvolvimento do disco? Conte-nos sobre esse processo.

L.O.TEle está pronto , estamos ensaiando pra pré produção que vem em seguida, o processo geralmente é composto das seguintes etapas: Escrevo todas as letras, enquanto estou no processo de estudo e criação, vou buscando interagir com alguma ideia musical, pelo fato de escrever isso ajuda, enquanto isso Orion (baterista) que é multi - instrumentista, sempre tem alguma ideia muito boa que juntamente com Woden começamos a costurar essa colcha de notas e riffs, geralmente nos encontramos na casa de Sérgio (baixista) onde desenvolvemos essas ideias, muitas vezes nesse momento as composições criam vida, já com uma estrutura montada em conjunto vamos deixando de uma forma mais próxima de sua finalização.

MNP – As novas composições presente no “The Kings Of Ceration” foram compostas de que forma?

L.O.TViemos compondo o material já no final da divulgação do álbum anterior "The Ancient ages of Mankind", então já tínhamos algo para iniciar o escopo, com a entrada de Woden facilitou muito e aceleramos o ritmo de construção das composições, nosso baterista Orion e nosso baixista Sergio ajudaram muito em acertos de arranjos facilitando o trabalho das guitarras, o Lot sempre foi uma banda onde todos contribuem com suas influências, nos sempre buscamos seguir um cronograma, hoje já estamos com ele todo composto, terão 09 faixas e estamos na fase de ajustes e ensaios, para que possamos entrar em estúdio no máximo no final de outubro e grava-lo até dezembro. Estamos muito satisfeitos com o resultado das composições, esperamos que agrade ao público e a crítica especializada.

MNP – Sabemos que a banda vem trabalhando com alguns parceiros bem importantes no mercado musical, como: Absolute Master, Nave Mãe (Felipe Marciano) e próprio artista Rafael Tavares. Como surgiram estes contatos?

L.O.T - Pra desenvolvermos o melhor do nosso potencial, precisamos ter ao nosso lado profissionais gabaritados. Nossa gravação está sendo feita no estúdio Nave Mãe na responsabilidade de Felipe Marciano o qual nos foi apresentado pelo baixista Sérgio Vianna , e estamos em conjunto dando corpo ao novo trabalho. Rafael Tavares pelo seu currículo incrível eu mesmo fiz o contato e depois de conversarmos bastante, passei todo o briefing da nova capa para ele a qual foi captada em toda sua essência, já a masterização ficará a cargo da Absolut Master, nossa produtora Aline Muniz fez toda a ponte com Eraldo Cobra diretor da empresa.

MNP – Antes mesmo de acontecer o lançamento de seu novo álbum “The Kings Of Creation”, a banda soltou um Lyric vídeo da música faixa “The Oculum Of The Universe”. Como foi esse processo de divulgação com participação do guitarrista brasileiro ‘Ian Bemolator’ da (banda Polonesa Quo Vadis)? Conte – nos sobre todo esse processo.

L.O.TComo a cada trabalho nós buscamos aperfeiçoamento, assim como o trabalho de divulgação. Como lyric, a capa e algumas parcerias sendo divulgadas com meses de antecedência. Desde de nossa tour em 2016 foi feito o convite ao nosso amigo Ian Bemolator que o aceitou na hora, gravamos a música aqui no Brasil em 2018 e enviamos a faixa para que ele gravasse o solo na Polônia, o resultado todos podem conferir.

MNP – Voltando ao novo disco “The Kings Of Creation”, o que a banda espera sobre este novo registro, ou mesmo o fã de Land Of Tears pode esperar?

L.O.TPode parecer clichê soar original ainda mais com quase duas décadas de existência, mas como costumo dizer se não for com a intenção de fazer algo melhor que supere o trabalho anterior, não tem sentido lançar algo novo, logo nossa expectativa é que o novo trabalho supere o anterior em todos os aspectos e que possibilite um alcance maior de nosso trabalho.

MNP – A banda recentemente anunciou uma loja virtual de “Merchans” voltado ao nome Land Of Tears. Sabemos o quanto é difícil fazer música extrema em nosso País. Então, este ponto de partida de vendas on-line é justamente para agregar valores para dentro da empresa e fortalecer o nome Land Of Tears?

L.O.TSim com certeza, a banda é nossa segunda ocupação, pois viver de música não é fácil ainda mais se tratando de um estilo underground como o Death Metal, a loja já existia mas não estava sendo bem trabalhada, nossa produtora refez a linha de itens disponíveis, buscou parceiros que possibilitem os produtos serem produzidos com os melhores materiais porém com um preço justo permitindo acessibilidade a todos a partir de R$2,00 você pode contribuir adquirindo um item de nossa loja.

MNP – Já que entramos neste ponto de dificuldade para se fazer música em nosso País, como a banda enxerga a “Cena Underground”, e o que seus músicos acham o que é necessário para mudar ou mesmo transformar essa situação?

L.O.T Não existe fórmula magica, acho em minha humilde opinião que ao exemplo de várias regiões do pais, mesmo com todas as adversidades existem eventos sendo feitos, produtores se movendo, pessoas ligadas ao meio que se importam realmente em fazer acontecer, ou seja todo esforço é bem vindo em prol de o cenário underground continuar existindo, não se deve culpar ninguém pelo que ocorre hoje , o mercado mudou, as pessoas mudaram o cenário é outro, não se deve viver de passado quando qualquer evento lotava, hoje vivemos num país em crise financeira, por mais barato que seja uma entrada, um CD, um merchandising se o cara está desempregado não existe o que se possa fazer, é acreditar em dias melhores, ter isso em mente e continuar o trabalho "Água mole em pedra dura tanto bate até que fura" já diziam nossos avós, cada um tem suas ferramentas e cabe a quem tem saber usar da melhor forma possível e fazer o seu melhor.

MNP – Vamos deixar as coisas desagradáveis de lado (rs...). A banda já tem uma data agendada para o “Macabre Fest”, em São Joao de Meriti/RJ. O que a banda vem preparando para este evento?

L.O.T.Na verdade temos esse show do Macabre Festa dia 07/10 e do dia 20/10 temos outro evento também em Campo Grande, zona oeste do Rio, tocaremos em outro fest o Outubro Negro, em ambos iremos executar além de músicas de trabalhos anteriores, algumas músicas do novo álbum, ambos eventos fomos convidados e aceitamos de cara, como estamos em meio aos preparativos da gravação, entendemos que seriam ótimas oportunidades para mostrar ao público o que vem por aí.

Bom, gostaríamos de agradecer em primeiro lugar o tempo cedido e paciência para conosco, e, deixamos este espaço a família Land Of Tears deixarem suas considerações aos leitores e fãs da banda. A casa é de vocês.

L.O.T: Gostariamos de agradecer em nome do Land of Tears a todos do Metal no papel, a André Santos e Rapahel Arízio que intermediaram essa entrevista, agradecer a todos que propiciam o Metal e todas as suas vertentes, seja de forma física ou virtual ser propagado aos quatro cantos do mundo, todos são importantes, sabemos o quanto é difícil, árduo e desgastante o trabalho, porém sabemos também o quanto é gratificante nunca desista, ainda que alguém tente desestimula-lo, confie no seu trabalho, acredite em você! Eu jamais imaginaria poder tocar em uma banda para públicos de outros países, eu simplesmente acreditei que poderia começar e dar continuidade a uma banda, tudo além disso foi consequência, acredite no seu sonho, ele é real depende apenas de você.

Acompanhe a Lyric vídeo de "The Oculum Of Universe"

Acompanhe a Land Of Tears, em :

Assessoria de imprensa:

Black Legion Prod

bottom of page