By Tedesco Comunicação & Mídia
Em fevereiro de 2012, cinco mulheres entraram com instrumentos e amplificadores na Catedral de Cristo Salvador, centro de Moscou, e fizeram uma oração punk, com a música “Virgem Maria, Tire o Putin do Poder”. Elas tocaram e cantaram por exatos 48 segundos, antes de serem arrastadas para fora e mandadas embora. Na mesma noite, subiram o video da performance no Youtube, sob o nome Pussy Riot, e em poucas horas se tornaram inimigas número 1 da Igreja e do Estado. Foram presas, julgadas e condenadas a dois anos de prisão por baderna e incitação ao ódio religioso. Mas também chamaram a atenção da mídia mundial, sendo alçadas ao status de maior grupo de arte performática da Rússia.
O coletivo, que se denomina “ativista digital”, foi formado em agosto de 2011, em Moscou, e vem pela primeira a São Paulo no dia 20 de abril como headliner do festival Garotas à Frente, que conta também com apresentações de bandas nacionais, como a Sapataria, além de exposição de artes e workshops do Girls Rock Camp Brasil.
Na ocasião também será lançado o livro homônimo (Garotas à Frente), de Sarah Marcus, que conta a história do movimento Riot Grrrl nos Estados Unidos.
As Pussy Riot que foram presas em 2012 e soltas em 2014 não têm o hábito de se apresentarem juntas. Nessa turnê sulamericana, quem vem é Nadya Tolokonnikova, ao lado de outros membros do coletivo. Segundo Nadya, o show conta com performances audiovisuais novas dedicadas a temas políticos, como a não quebra de patentes pela indústria farmacêutica e outros mundanos, como caspa. “Nossa ideia é tentar imaginar como o punk irá soar e parecer em 2028, tempos de resistência digital, levante contra a disparidade financeira e movimentos de massa para salvar o planeta”.
Sobre os temas de suas músicas, a banda soltou uma nota oficial que dizia “Ficamos meio confusos com o fato de que a maioria das músicas hoje são sobre festas e romance, enquanto só algumas poucas são dedicadas a temas importantes como a) mudança climática b) controle das armas c) prisão de ativistas políticos d) desigualdade estrutural e) sexismo f) policiais assassinos, brutalidade e abuso de poder adotadas por instituições públicas diariamente g) necessidade urgente de acesso para todos a boa educação e bons médicos e hospitais.”
SERVIÇO
Pussy Riot no festival Garotas à Frente
Data: 20 de abril de 2019
Horário: a partir das 16 horas
Local: Fabrique Club
Endereço, Rua Barra Funda, 1071 (Barra Funda - SP)
Ingressos online: R$ 80,00 (1º lote - promocional e estudante), R$ 100,00 (2º lote - promocional e estudante)
Censura: 12 anos
Mais sobre o Pussy Riot (inglês)
http://www.twitter.com/pussyrrriot (Twitter do coletivo)
http://www.instagram.com/nadyariot (Instagram de Nadya)
https://www.facebook.com/wearepussyriot/ (Página do coletivo no Facebook)
https://www.youtube.com/wearepussyriot (Canal do coletivo no Youtube)
http://www.zona.media/ (Mediazona)
Mais performances do Pussy Riot (em inglês)
Policeman Enters The Game (intervenção na Copa do Mundo). Clique AQUI.
Vídeo Track about Good Cop:
Chaika, apelo ao Governo Russo para demitir o general e promotor corrupto Yury Chaika:
Make America Great Again (Tentativa de evitar a eleição de D. Trump):
Police State (chamado aos ativistas que lutam contra a brutalidade policial):