By Collapse Agency
Baterista integra uma das bandas de maior exportação de música nacional para o exterior
O punk rock brasileiro nos apresentou diversos músicos e quem escuta a batida passional de Roger Capone na bateria, logo vira fã. Atuando há anos na cena punk rock nacional, o músico se consagra como um marco e um dos grandes intusiatas desse gênero musical no país.
Com um frescor, versatilidade e técnica musical, o baterista trabalha o equilíbrio, o controle e a emoção em seu processo de composição, aplicando os três elementos mencionados de forma perfeita.
Roger Capone integra hoje uma das bandas de maior posicionamento da cena punk rock melódico do Brasil, o Backdrop Falls, grupo musical que trás referências do punk rock melódico da Califórnia e pop punk.
A banda lançou ano passado seu primeiro full com distribuição física em formato de cd e k7 em mais de 10 países, integrou diversas playlists internacionais, lançou split de uma união dos selos Electric Funeral Records (BRA) e Razor Records (ARG), viajou em turnê pela Ámerica Latina e esteve presente no line up de festivais consagrados.
Capone trás em sua arte o puro punk rock, entrelaçando melodias e batidas de forma nova, dando um novo ar e folêgo a esse estilo musical consagrado por tantos.
Conversamos com o músico sobre carreira, equipamento, influências musicais e outras curiosidades.
Você e os integrantes do Backdrop Falls apresentam uma dinâmica incrível no palco. Como que funciona a parceria de vocês como músico e amigos dentro do projeto?
R - Bem o inicio de tudo sempre vem de uma amizade, tinha outros projetos com Matheus, de covers e alguns autorais, e eu vi a Backdrop Falls nascer, as primeiras músicas ele me mostrava, eu sempre curti muito o que ele faz, e acompanhei sempre tudo como amigo e fan da banda, quando surgiu a oportunidade eu entrei na banda, o Neutral já conheço faz tempo, desde que ele tinha 20 quilos a menos, e antes tinha comentado já com ele que se tivesse que entrar numa banda seria a dele, e ainda bem que deu certo, o Tiger chegou pra somar tudo, o palco é reflexo do trabalho, trabalhamos muito individualmente e coletivamente para poder apresentar a mesma qualidade sonora do nosso disco, quem gosta do disco tem o direito de ouvir ao vivo a mesma coisa. Levamos muito a sério tudo que fazemos e trabalhamos muito mesmo para que as oportunidades possam surgir e para sempre esta preparado pra tudo.
Dentro do cenário de punk rock e pop punk brasileiro, você costuma acompanhar bandas com trabalho autoral? E sobre as estrangeiras, alguma atual que tenha lhe chamado a atenção?
R - Eu sou da época ainda onde se conhecia banda por cartas, zines, e em shows de outras bandas, a música e o cenário independente ta sempre mudando, mas gosto da época em que a gente conhecia banda por fita, CD ou no próprio merchan das bandas em shows, dessa época eu comecei acompanhar muita banda que muitas acompanho até hoje no Brasil, meu primeiro contato foi com as bandas da banguela Records, depois comecei acompanhar muito bandas como Holly Tree, Gritando HC, Zumbis do Espaço, Carbona, Dead Fish, Sugar Kane, Forgotten Boys alguns se tornaram amigos até hoje, mas atualmente tenho acompanhado muito Surra e Damn Youth, atualmente são duas bandas que vem trabalhando muito e fazendo muita coisa legal.
Fora do Brasil pode se dizer que quase tudo de punk rock depois do Ramones, porque Ramones está acima de tudo e de todos lembrem-se disso jovens, eu gosto bastante da cena californiana, como Bad Religion, Rancid, Green Day, Social Distortion, NOFX, e por ai vai, bandas europeias como Hellacoppters, Millencolin, No fun at all, entre outras.
Que dica você daria a músicos brasileiros da cena rock/punk rock, amadores ou profissionais, que tem medo de experimentar e inventar coisas novas em suas músicas?
R - Quando a gente fala de experimentar ou inventar coisas novas, isso tudo sempre é muito válido na música se for verdadeiro e não porque os outros estão fazendo, música tem que da prazer primeiro pra quem faz ela, eu faço música que curto ouvir também e o máximo de pessoas que se identificarem com ela são bem vindas, não podemos agradar a todos.
E sempre gravar regravar, jogar fora sem pena o que ta ruim, as vezes ficar dando murro em ponta de faca nunca vai levar a lugar nenhum, e aprender a produzir suas próprias musicas mesmo que de forma caseira para esta preparado para encarar um estúdio pois pelo menos pra mim não há nada mais prazeroso que ficar horas gravando em estúdio.
Qual modelo e marca de bateria, pele, baqueta e estantes que você usa? Conta pra gente a relação de amor com seu instrumento.
R - Sou realmente muito apegado a meu equipamento, minha primeira bateria de verdade foi uma Pearl Forum 1993, e tenho ela até hoje, eu falo bateria de verdade porque a primeira era dois tambores de cloro, uma lata de biscoito como chimbal, um tarol de torcida e um tamanco holandês batendo numa bacia como bumbo, depois tive uma Central que tinha revestimento de caçamba de camionete e era afinada com chave de boca igual que usava na minha bicicleta.
Hoje uso uma Pearl Vision, gosto de usar peles Remo Ambassador nos tambores e caixa, e no bumbo Remo Powerstroke 3, to usando baquetas 5B ou Extreme 5B da Vic Firth ou da Tennesse de madeira Hickory, e como todo baterista é viciado em pratos, o Set para o segundo disco do Backdrop Falls é um Ride 24” A Custom, 19” e 20” A Custom Crash, 19” Dark Medium Crash K, 18” e 14” China Oriental, Todos Zildjian, uso também uma caixa 14x5,5 Pearl Master Series Maple, e o Pedal DW 5000A. Tambores 22”, 12”, 14”, 16” e 18”.
Quais são as suas maiores influências musicais? Pra você qual é o maior baterista de todos os tempos?
R - Neil Peart (Rush) sem sombras de dúvidas pra mim sempre foi o melhor de todos os tempos, John Bonham (Led Zeppelin) vem ali colado com ele, mas pra tocar eu tenho 4 baterias realmente são os que mais me influenciam um deles é o Tre Cool do Green Day, acho que é a banda que mais sei tocar musicas, pode se dizer que aprendi a tocar com as baterias dele, depois conheci Bill Stevenson (Descendents), produtor musical e o melhor baterista de punk rock de todos os tempos, não precisa falar mais nada, outro é Travis Barker (Blink 182), acho que ele respira bateria, ele é a bateria admiro muito ele, e o livro dele também me inspirou demais pra muita coisa, e por ultimo claro, Marky Ramone, ja tive oportunidade de ver ele tocando bem de perto algumas vezes, e esta do lado de um Ramone realmente pra mim é o maior privilégio que alguém pode ganhar.
Suas linhas de bateria são perfeitamente executadas, demonstrando técnica, controle e muita emoção ao tocar. Você sempre compõem e cria as músicas pensando de forma analítica ou elas acabam saindo naturalmente desse jeito?
R - Hoje eu tendo realmente manter as duas coisas em equilíbrio o controle e a emoção, pois um pouco antes de entrar na Backdrop Falls era 80% emoção e 20% controle, foi uma coisa que me atrapalhou muito por muito tempo, só depois de começar a gravar com produtor, e de ouvir todas as verdades foi que consegui colocar mais controle, descobri que pra tocar bem não precisa inventar o que não sabe, mas sim tocar perfeitamente o que sabe encaixando tudo isso dentro da música, no Backdrop Falls pensamos muito em como a banda vai soar, não como cada instrumento individual, música também é matemática, por mais que tudo gire em torno da inspiração daquele momento, temos que saber traduzir isso tudo em música.
Como a música surgiu em sua vida?
R - A música surgiu na minha vida através do meu pai, que nem é músico, mas sempre foi um grande colecionador de discos, CDs, etc. Então desde de moleque sempre gostei muito de música foi quando conheci Ramones em 1988 com o Ramones Mania. A bateria apareceu através da minha mãe, em 1991 eu mudei de colégio, na época eu tinha 11 anos de idade, então ela viu que tinha aula de bateria e perguntou se eu queria entrar, pois é, não sabia onde tinha se metido, dai então o sossego acabou em casa, no começo eu tocava umas 4 horas por dia. A coisa que mais faço mesmo é ouvir ou trabalhar com música hoje em dia, depois comecei a ter banda, cheguei um momento a ter 5 bandas, para poder ensaiar todos os dias, pode se dizer que minha educação foi metade dos meus pais e metade da música.
A música também me ensinou com meu trabalho, hoje eu tenho uma produtora de vídeo que trabalha com música, e foi fazendo clipes da própria banda que aprendi, sou formado em cinema hoje, mas tudo começou com a música.
Tem algum show na história do Backdrop Falls que você ache que foi o melhor show? Algum em especial que sempre lembrará?
R - Bem tem sim e foi até recente, foi o primeiro show na Argentina, por vários fatores, não porque foi um show grandioso com palcão ou milhões de pessoas, mas sim pela energia de quem tava la, por ser o meu primeiro show fora do Brasil, pela resposta do público que conhecia todo nosso disco de faixa a faixa, acho que foi sempre lembrar desse show como o primeiro de uma grande sequência que estar por vim. A gente faz música em inglês para atingir o máximo de países possível e sempre lembrar de onde nos somos e vinhemos.
Equipe Collapse Agency
Flavio Neto, Rafael Neutral e Sylvia Sussekind.
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