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André Santos

GOMORRAA – Sordidus Fabellas (Luxuries et Profanus)


Lançamento: 2020

“Sordidus Fabellas (Luxuries et Profanus) chegou em seu formato físico devido algumas parcerias de selos, sendo eles: Sanatório Records (Costa Rica), Escória Records (Acre), Vsf Records (Curitiba), Macaco de Guerra Records (São Paulo), e, por último o selo Murder Records (Holanda), no que resultou um formato Digipack, que deu a possibilidade da banda sair da plataforma de streaming (aliás foi meu primeiro contato com o álbum), onde ocorreu a sua primeira divulgação. O mesmo conta com um encarte no tom branco bem caprichado, e, além de conter todas as faixas do registro, nele há diversas fotos da banda também.

Entre alguns projetos disponíveis em EPs, Singles e participações de coletâneas. O título “Sordidus Fabellas” é primeiro disco de estúdio do Gomorraa.


O Gomorraa já teve sua passagem no passado não tão distante aqui no portal, com críticas positivas, e, mais uma vez estamos aqui, analisando o seu último projeto que trata de um álbum, sendo o primeiro de sua carreira. A banda desenvolve um Black Metal, calçado dentro da veia do Thrash Metal, sendo que essa junção de gêneros tão distintos criou uma sonorização bem interessante ao Gomorraa, além de trazer um som bem orgânico a sua sonoridade. A banda demonstra uma linha bem marcante nos trazendo uma sensação bem Oldscholl.


Particularmente gosto dessa junção de gêneros, ainda mais quando a banda tem a preocupação de trazer para dentro de suas composições algo mais primitivo, no que resulta em som honesto e orgânico, sem truques ou firulas para incrementar o som. Em “Sordidus Fabellas” fica bem notório essa preocupação, algo bem perceptível nesta banda paulistana.


Sordidus Fabellas (Luxuries et Profanus)” é um disco de 10 faixas que mesclam esta junção de gêneros já citados nos parágrafos acima, mas ainda a banda trouxe para dentro deste novo projeto algumas influências do tradicional Heavy Metal. Em algumas composições fica bem evidente, e, a faixa instrumental intitulada de “Sinal Iminente das Trevas”, é notável as influências nas linhas de baixo e guitarra.


Já emendada a faixa de abertura temos a composição “Avante Forças Infernais”. A faixa apresenta influências de War/Metal, sendo uma composição bem reta e direta.

E sem perder a crueza das manifestações do disco temos a terceira faixa “Submisso ao Prazer”, que além da mesma trazer um lado mais ríspido, em certos momentos ele é quebrado por momentos cadenciados, o que soma muito a composição.


Já em “Ataque Sobre a Cidade Luz” o holocausto é formado por sua fúria devastadora, por riffs serrilhados de ódio, mas a composição traz um lado mais harmônico em alguns momentos.


E por falar em harmonias, a faixa título em inglês “Lady Lust” apresenta isso em sua abertura. Mas, em seguida o ouvinte tem os tímpanos cortados por muita rispidez. A faixa é bem interessante, porque além de transitar entre agressividade, ela traz um lado bem elaborado por suas quebras, dando espaço a uma harmonização bem cativante.

Seguindo esta linha de composição mais preocupada em pegar o ouvinte pelo ouvido, temos a faixa “Sacrificio de Fogo”, seguindo a linha da anterior, te envolvendo no clima do disco.


Sórdidos Contos (Prelúdio)”: uma narração muito bem feita, recheadas de gritos e teclados. Em seguidas temos outra grande influência do tradicional Heavy Metal na sua abertura, mas logo ganhando os riffs raivosos resultando na faixa “XXX”, tornando-a bem interessante por sua condução, que se funde a alguns gêneros presentes, já comentados nos parágrafos anteriores.


Com uma pegada mais oldscholl que transita muito bem entre o Thrash/Speed Metal temos a faixa “Condessa das Artes Crueis”. E, para fecharmos o disco temos uma faixa ao vivo, que por sinal muito bem resolvida e bem gravada: “Arco do Bode” fecha as 10 faixas do disco de forma relevante.

1.Sinal Iminente das Trevas (Intrumental)

2.Avante Forças Infernais

3. Submisso ao Prazer

4.Ataque Sobre a Cidade Luz

5.Lady Lust

6.Sacrificio de Fogo

7.Sórdidos Contos (Prelúdio)

8.XXX

9.Condessa das Artes Cruéis

10.Arco do Bode (ao vivo)


Gomorra demonstra que tem muito potencial em somar dentro do cenário nacional, pois a banda tem um som único, não sendo cópia e sim, diferenciado, com uma sonorização bem resolvida.

Gomorraa é formado por:

MD – Vocal

Crucifer – Guitarra

Skonger – Guitarra/teclados

Blasfemator – Baixo

Devastador – Bateria


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