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Uriah Heep: a banda que influenciou Iron Maiden, Blind Guardian e Angra; artistas brasileiros comentam sobre a lenda inglesa

  • Foto do escritor: Maria Correia
    Maria Correia
  • 9 de abr.
  • 4 min de leitura

Foto: Richard Stow

Uriah Heep é, sem dúvida, uma das bandas mais influentes do rock mundial. A sua sonoridade única, que mistura elementos do hard rock, progressivo e até do heavy metal, serviu de referência para inúmeras bandas ao longo das décadas. Um dos exemplos mais notórios é o Iron Maiden, que sempre teve influência de Uriah Heep em seu som. Há inclusive uma velha discussão sobre uma das músicas do Maiden ter semelhanças tão fortes com um tema do Heep que alguns chegaram a acusar de plágio — um debate que só reforça o peso criativo da banda inglesa.


Além do Iron Maiden, outras bandas de metal europeu, como o Blind Guardian, também prestaram homenagens explícitas ao legado do Uriah Heep. Os alemães fizeram um cover poderoso de “The Wizard”, um dos hinos mais conhecidos da banda.


No Brasil, a influência da banda também é profunda. Lobão, uma figura marcante do rock nacional, já experimentou várias vezes o quanto Uriah Heep moldou sua musicalidade. E não é só ele — vários artistas nacionais têm histórias semelhantes. Pompeu, vocalista do Korzus, prometeu recentemente que o álbum Abominog , lançado pelo Uriah Heep em 1982, teve um impacto tão grande em sua formação como músico que chegou a furar o disco de tanto ouvir. É mais um exemplo do alcance surpreendente da banda, atravessando oceanos e estilos.


Luiz Carlini, lendário guitarrista da banda Tutti Frutti e um dos nomes mais respeitados do rock brasileiro, também tem uma ligação especial com o guitarrista Mick Box: “O Mick Box é um guitarrista da safra dos guitarristas de rock dos anos 70, quando eles apareceram, né? Aquela safra de músicos ingleses, bandas inglesas. E o Mick, ele em especial, assim, é o cara que tocava com Gibson Les Paul, que é a guitarra que eu mais gosto. E, assim, me atrai muito pela sonoridade, pelos riffs. Eu sempre gostei do trabalho dele. Inclusive, eu estive com ele uma vez, isso já faz mais uns 25 anos atrás. Eu me lembro que estive num aeroporto em Belo Horizonte, aqui do Brasil, e o Uriah Heep chegou e eu estava com o Erasmo Carlos para embarcar para algum lugar, nem me lembro, essa palheta pequena, que eu já devo ter perdido com esse tempo todo. cena, porque o Uriah Heep não era uma banda com característica só de rock'n'roll, já tinha um pé no hard rock, sabe, que seria o embrião do heavy metal. E eu vou citar também uma música que eu gosto muito da banda, que é 'Easy Livin'', é uma baita hit do Uriah Heep, vale a pena.”


Outro depoimento vem marcante de Felipe Machado, guitarrista e fundador da banda Viper, que eventualmente como o Uriah Heep foi essencial na fase inicial do grupo: “O Uriah Heep era uma das bandas que a gente ouvia no começo do Viper, junto com Black Sabbath, Led Zeppelin, Judas Priest, Deep Purple, Iron Maiden, Beatles, Rolling Stones, enfim. O Pit comprou aquele disco ao vivo, “Uriah Heep Live”, e duas músicas situadas porque a gente ouvia muito: 'Gypsy' e 'Easy Livin''. juntos, antes mesmo do André entrar na banda, em 1984. O Pit tinha um timbre de voz meio parecido com o do David Byron e eu e o Yves éramos fãs do Mick Box. O Uriah Heep é uma banda clássica que sempre esteve em nosso coração.”


O impacto do Uriah Heep estende-se também ao universo do Power Metal e progressivo. Rafael Bittencourt, guitarrista e fundador do Angra, compartilha essa admiração: Acho que é uma banda subestimada no rock, porque fizeram grandes composições e influenciaram muitas outras bandas. a gente tende mais para o power metal. Mas também incorporamos o progressivo O fato de terem duetos de guitarra, corais, backing vocals, e os guitarristas tocarem outros instrumentos — o Mick Box canta, o Ken tocava teclado — mostra o quanto todos os músicos da banda eram completos.


Através de diferentes gerações, estilos e países, o Uriah Heep consolidou-se como uma verdadeira Alicerce do Rock. Não é apenas a sonoridade que marcou época, mas também a atitude e o espírito de uma banda que sempre inovou, mesmo sem perder a essência. Dos riffs de Mick Box às baladas que viraram hinos, a influência do grupo continua viva, ressoando em novos artistas e em velhos fãs que nunca deixaram de ouvir a banda.


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Confira todos os dados da turnê:

4 de abril - Montevidéu, Uruguai @Montevideo Music Box


5 de abril – Buenos Aires, Argentina @ Groove


6 de abril - Santiago, Chile @ Teatro Teleton


9 de abril - Rio de Janeiro, Brasil @ Teatro Clara Nunes


10 de abril - Porto Alegre, Brasil @ Opinião


11 de abril – São Paulo, Brasil @ Tokio Marine Hall


12 de abril – Curitiba, Brasil @ Ópera de Arame


13 de abril – Belo Horizonte, Brasil @ Mister Rock


Histórico

No repertório, a banda deve apresentar um apanhado dos momentos mais marcantes da carreira, e não deve faltar clássicos atemporais como “Gypsy”, “Easy Livin'”, “July Morning” e “Lady in Black”.


Formado no final dos anos 1960, o Uriah Heep conquistou o mundo com álbuns clássicos como Look At Yourself e Demons and Wizards, e trilha em atividade no decorrer das décadas, lançando outros discos incríveis e mantendo uma base sólida e fiel de fãs ao redor do mundo.


Atualmente, o grupo é formado pelo membro original Mick Box (guitarra), o vocalista Bernie Shaw e o tecladista Phil Lanzon – ambos na formação há quase quatro décadas; o baixista Davey Rimmer e o baterista Russell Gilbrook. Durante sua carreira, lançaram registros incontáveis ao vivo e 25 álbuns de estúdio, sendo o mais recente, o aclamado Chaos & Colour, de 2023.


Fonte: Top Link Music

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